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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Entre Ruas e Grafites

         
  






          Quando se ouve a palavra ‘Grafite’, logo se associa a Pixe, ou ao Vandalismo e/ou destruição de patrimônio publico, porem não é bem assim, o Pixe tem uma linha diferente
do grafite, alem de ele ser mais escrito, ele tem haver mais com “deixar” sua marca, muito utilizado em Ganges pra demarcar território, e as vezes usado também como forma de protesto, geralmente os moleques vão pro
 pixe, por que não tem conhecimento do grafite e da arte em si, por isso o pixe é associado ao crime, é taxado por ser feito por vagabundos, e só de verem uma viatura da policia sai em fuga. O grafite tem um lado mais artístico,eu diria que mais “nobre”,pera ai que você já vai entender.

          Onde eu trabalho, teve uma iniciativa muito legal, na cidade de São Bernardo do Campo, existe um programa de estágio na prefeitura chamado PEAT, e resolveram esse ano nos oferecer um curso a mais, pra nós que já estávamos nesse programa, sobre o nosso
relacionamento profissional,mercado de trabalho e como também se pode trabalhar com o que gosta, trouxeram pra dar uma palestra um grafiteiro chamado Alexandre Truff, ele veio bater um papo sobre como se pode ser feliz no e emprego trabalhando com o que gosta. Ele como muito começou como  grafite La pelo meado do anos 1996, e por causa da galera que foi conhecendo ele foi parar na primeira casa do Hip Hop do Brasil,na cidade de Diadema(que era muito influente na época, com o movimento dos DJs,grafites e o Rap, que era presente onde quer que fosse, nas ruas com seus grafites e na musica com o Rap e tudo mais.Lá ele começou um curso de grafite,muitas vezes ele chegou a mentir pra mãe pra ir pra lá,por que ela achava que ele precisava arrumar um “emprego de verdade”, Mas ele persistiu, pegava dois “busão” pra chegar, ele teve que reinventar seu estilo do zero,por que o grafite tem uma pegada bem diferente do pixe.





Parque da Juventude Città Di Maróstica
A maior Pista de Skate da América Latina
      Foi se passando os anos, e ele continuou, por volta de 2007 ele se formou licenciatura em educação artística e bacharelado em artes plásticas, assim ele não era só um grafiteiro da vida, ele já havia começado a ganhar dinheiro com seu trabalho, antes sua família que não apoiava muito agora via que como ele estava feliz, então que fizesse assim mesmo, sua mãe sempre que via alguém precisando pintar uma parede ou um porta, falava de seu filho que fazia grafite, e assim ele foi juntando seus trocados, e foi desse jeito que ele pagou a faculdade, fazendo assim com que seu trabalho fosse valorizado, uns anos antes ele havia feito curso onde hoje em dia chamamos aqui de CAJUV, e ao terminar a faculdade ele veio dar aulas e virou coordenador do projeto de Street Art (Arte Urbana, Urbanografia ou treet Art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.), ele já foi pra vários países, entre eles estão Chile, Argentina, Paraguai sem contar nosso imenso Brasil. 
Hoje em dia Truff tem quadros com seus grafites em museus, faz exposições, e consegue viver bem fazendo aquilo que ama, ele não faz um quadro pra agradar o comprador, aquilo ali é sua arte e compram aquilo que ele realmente Fez expondo seus sentimentos no momento do grafite,sua história através das cores. Mesmo sem nunca ter ido a Roma Truff tem quadro exposto lá o que pra mim é hilário.

       “Em cada parede, quadro, porta, seja onde for Truff faz um grafite diferente, e
 cada um é pensado, ele primeiro os faz em um caderno, e em algum momento aquele
desenho vai pra uma parede, vai ‘ganhar vida”, Truff nos contou que seus grafites levam influencias do que ele vive, ele não faz explicitamente, mais tudo que acontece com ele um dia, um momento vai virar grafite, inclusive aquele encontro com os PEATS. O que eu achei super legal, é que o mesmo grafite que ele faz na rua, é o mesmos que ele expõe, em museus e que são comprado por colecionadores, ele com o mesmo carinho, e dedicação.
        


Se você reparar cada grafite tem uma
Pequena corona,alguns acham que é a tag de Truff
Oque não esta errado,mais pra ele assim como os reis
e rainhas da idade média tinham sua coroa 
pra se aproximarem de  Deus,a Coroa no grafite
(que é a ultima coisa que ele poe),é a alma do 
Grafite,dando vida e sentimento a ele!



 
  Claro que nem tudo são flores, por exemplo, ate hoje quando Truff esta na rua grafitando ele ainda é parado por policiais, eu o perguntei se existe uma espécie de carteirinha, dizendo que ele não esta infligindo nenhuma lei, e que inclusive esse é seu trabalho, ele me respondeu que não, mais o que diferencia ele de um vagabundo pros policiais é a sua postura, e seu jeito de falar, ele não sai correndo ou fala inadequadamente, ele explica que não tem como ele ser um pixador com mais de 30 latas de spray, por exemplo, muitas vezes os policiais ficam sem graça, e pedem desculpa.
              A palestra e troca de ideias que todos nos tivemos, foi muito legal, conhecemos mais dessa arte tão popular, porem tão taxadas, eu fiquei feliz de conhecê porque eu sempre vi seus grafites aqui em Sampa (são Paulo) e nas redondezas que sempre andei. O bacana também que ele é um cara super humilde,tem família,com esposa e filho, e trabalha com que gosta e ama! 
Eu e Truff,como podem ver eu sou Super baixinha,
e ele é um cara super legal



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